A aparência dos alimentos é igual aos órgãos que eles curam

1. Tomate faz bem pro coração

tomate

Como esta fruta (sim, o tomate é considerado uma fruta) é rica em potássio e ferro, sua importância está especialmente ligada com o coração e o sangue.

2. Noz faz bem pro cérebro
noz

As nozes são simétricas e possuem dobras iguaizinhas às do nosso cérebro. São ricas dos nutrientes que são mais importantes para o bom funcionamento cerebral.

3. Aipo faz bem pros ossos
aipo

O aipo (ou salsão) garante ossos mais fortes pois possui 23% de sódio de boa qualidade. Os ossos possuem também 23% de sódio. Quando a dieta é baixa em sódio de boa qualidade (entenda-se “boa qualidade” como sódio não proveniente de sal refinado), o organismo começa pegar sódio dos ossos, o que deixa eles fracos.

4. Abacate faz bem pro útero
abacate

Se toda mulher comesse, ao menos, um abacate por semana poderiam evitar doenças sérias. O abacate protege e equilibra os hormônios, evitando as chances de câncer de útero ou ovário. Também ajuda a perder peso depois da gravidez. Outra “coincidencia”? Leva também 9 meses desde o florescer da árvore até um abacate virar fruto.

5. Batata-doce faz bem pro pâncreas
batata doce

A batata-doce oferece benefícios ao pâncreas e equilibram o nível de açúcar no sangue.

6. Cenoura faz bem pros olhos
cenoura

A cenoura aumenta o fluxo sanguíneo em direção aos olhos e melhora o funcionamento dos mesmos.

7. Laranjas fazem bem pros seios
laranjas

A laranja é capaz de prevenir o câncer e ajuda o movimento da linfa na mama.

8. Gengibre faz bem pro estômago
gengibre

O gengibre evita doenças no estômago e melhora a digestão graças às suas enzimas e evita câimbras fortes. Além disso, impede úlcera e mantém a mucosa em bom estado.

9. Cogumelo faz bem pros ouvidos
cogumelo

O consumo de cogumelos pode prevenir a perda de audição, pois eles são um dos raros alimentos que contêm vitamina D, excelente para essa prevenção.

10. Feijão faz bem pros rins
feijão

O feijão ajuda a manter as funções dos rins ativas e adequadas.

 

Fonte: Yogui.co

Doenças comuns do Inverno

Doenças naturalmente comuns, como o resfriado e a sinusite, surgem, principalmente, nos dias mais frios do ano, quando o indivíduo não se sente confortável mesmo com roupa adequada.

As crianças e os idosos são os mais propícios a sofrer com as doenças comuns do inverno.

O bater do vento frio no rosto e ter as mãos e os pés frios favorecem a instalação das doenças típicas, como:

gripe,
otite,
pneumonia,
meningite,
asma,
bronquite e
bronquiolite.

Essas doenças surgem com maior frequência no inverno, pois à medida que o frio aumenta e o teor de umidade no ar diminui, há uma maior concentração de poluentes no ar, além do fato dos ambientes fechados serem mais propícios para espalhar vírus e bactérias, contaminando outras pessoas.

Por isso, para se proteger do frio e evitar as doenças recomenda-se:

agasalhar-se sempre que tiver frio ou ventando, evitar deixar portas e janelas sempre abertas, somente tempo suficiente para arejar a casa, não ficar com os pés no chão e aumentar o consumo de vitamina C.
Uma outra dica importante é, após um banho bem quentinho, não sair logo de casa, para evitar o choque térmico.

Qualquer sintoma de gripe, dor de ouvido, resfriado ou sinusite, deve ser prontamente tratado para evitar complicações e sequelas que são muito mais comuns e incômodas no inverno. Porém, tomar medicamentos sem recomendação médica é perigoso, por isso, é importante ir ao médico para prescrever o tratamento e medicamentos adequados.

Tomar um café, chocolate quente ou um chá bem quentinho são boas opções para ajudar a aquecer a garganta e espantar o frio.

Fonte: Tua Saúde

Más notícias – como dar?

“más notícias”  foi definida como qualquer informação que adversamente e afeta gravemente a visão de um indivíduo de seu futuro; se notícia é ruim ou não, só pode estar no olho de quem vê. Quebrando bem a notícia ruim é uma habilidade essencial para todos os médicos, pois é algo que eles vão fazer centenas, se não milhares de vezes em suas carreiras profissionais. Historicamente, foi dada pouca atenção na formação médica. Má comunicação, particularmente com pacientes com câncer, foi mostrado para ser associado com piores desfechos clínicos e psicossociais, incluindo pior controle da dor, pior adesão ao tratamento, confusão sobre prognóstico e insatisfação por não ter sido envolvido na tomada de decisão. Estudos sugerem que uma série de fatores, além do conhecimento deficiente, pode afetar a capacidade de um médico para dar más notícias com sensibilidade, incluindo o cansaço e fadiga, dificuldades pessoais, crenças comportamentais e atitudes subjetivas, tais como um medo pessoal de morte. Uma revisão sistemática e meta-análise demonstrou que frequentar um curso de treinamento de habilidades de comunicação tem um efeito moderado sobre o comportamento e as atitudes de comunicação, mas há uma lacuna na pesquisa com poucos estudos que investigam os resultados dos pacientes; mais estudos na prática clínica são necessários. A necessidade de formação pode não ser imediatamente óbvio para os profissionais de saúde envolvidos. Quebrando má notícia é uma habilidade complexa como, para além da componente verbal, também requer a capacidade de reconhecer e responder às emoções do paciente, lidar com o estresse que a má notícia cria e ainda ser capaz de envolver o paciente em qualquer ainda decisões e manter a esperança onde pode haver pouco. Idealmente, uma má notícia deve ser dada pessoalmente e não por telefone. Pode ser apropriado para pedir uma recepcionista para chamar o paciente e fazer uma nomeação. O paciente pode gostar de ser acompanhada de um cônjuge ou alguém próximo a eles. Os pacientes considerar a notícia ter sido quebrado mais sensibilidade quando é sugerido que alguém acompanhá-los, uma vez que fornece um aviso de que uma discussão séria é planejado. Faça-se como plenamente familiarizados com os fatos quanto possível. Isto significa que os fatos sobre este caso – por exemplo, o tipo exato de tumor e o estágio, bem como questões mais gerais sobre a doença. Isso se aplica não só para câncer, mas para todas as doenças que se enquadram na categoria de notícias ruins, incluindo insuficiência cardíaca. Ter que dizer a um paciente ou seu familiar que tenham sido objecto de um evento adverso é uma conversa difícil ter e fazer bem. Fornecer os fatos como eles são conhecidos e tranquilizá-los de que você está levando a situação a sério. Oferecer apoio prático e emocional e explicar os próximos passos para manter a pessoa informada.

Matéria publicada no Jornal

Estivemos no Jornal NH do dia 27 de junho – Caderno Viver com Saúde – em coluna da Sociedade de Medicina de Novo Hamburgo com o artigo da Dra. Gabriela Santos – “Direitos dos pacientes”.

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Confira a matéria completa:

“DIREITOS DOS PACIENTES

Muitas vezes, quando nos deparamos com uma doença, ficamos centrados em nossa dor e não lembramos de alguns benefícios que possam facilitar nossa vida. É importante conhecer esses direitos, porque eles podem amenizar algumas dificuldades, principalmente do ponto de vista financeiro, já que diversos cuidados essenciais ao longo do tratamento representam uma elevação dos gastos mensais e, consequentemente, uma redução do orçamento familiar.
Os portadores de qualquer tipo de câncer têm direito a uma série de benefícios assegurados por lei, como saque integral do FGTS, PIS/PASEP, isenção de IPVA, do Imposto de Renda na aposentadoria, entre outros.

SAQUE DO FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é mensalmente depositado pelo empregador (equivalente a 8% sobre a remuneração do empregado), numa conta bancária própria, sendo atualmente administrado pela Caixa Econômica Federal, e pode ser resgatado pelo paciente com câncer, AIDS e em estágio terminal de outras doenças.

SAQUE PIS/PASEP
Até 4/10/1988 os depósitos relativos ao PIS (Programa de Integração Social) / Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) significavam um fundo de participação cujas cotas pertenciam aos trabalhadores, podendo então essas contribuições serem sacadas, em eventos específicos como aposentadoria, morte ou doenças graves (neoplasia e AIDS). A partir da promulgação da Constituição Federal (5/10/1988), as contribuições para o PIS/Pasep passaram a financiar o programa seguro-desemprego e o abono salarial.

ISENÇÃO DO IPTU
Não existe uma legislação de alcance nacional que garanta isenção do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) para pessoas com determinados tipos de doença. Alguns municípios já possuem legislação garantindo a isenção do IPTU para paciente com câncer, pessoas com deficiência ou idosos. No Rio Grande do Sul, os únicos municípios que já tem essa legislação é Estância Velha (Lei nº 1.641/2010 – Isenta do IPTU os portadores de HIV e cancer) e São Miguel das Missões (Lei nº 1.985/2010 – Isenta do IPTU aposentados, maiores de 60 anos e pessoas com doenças graves).

ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA
Pacientes com câncer ou com outras doenças consideradas graves têm direito à isenção do Imposto de Renda sobre os valores recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive as complementações recebidas de entidades privadas e pensões alimentícias, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão do benefício.

IPVA
Muitos Estados preveem a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para os veículos destinados ao uso de pessoas com algum tipo de deficiência, podendo se enquadrar nessa condição o paciente com câncer com alguma deficiência ou mobilidade reduzida.

QUITAÇÃO DO FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA
Paciente com invalidez total e permanente, causada por acidente ou doença, possui direito à quitação. Para isso deve estar inapto para o trabalho, e a doença determinante da incapacidade deve ter sido adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel.



Em cada situação específica acima referida, o paciente deve procurar o órgão responsável, levando consigo o requerimento/formulário específico, bem como seus documentos relacionados, laudo médico com as informações detalhadas sobre o diagnóstico e exames que comprovem a doença.

Lembre disso se tiver um familiar ou amigo que possa ser beneficiado e usufruir desses direitos. Informe-se e faça valer!”

Gabriela Santos
Médica Mastologista
CREMERS 24627

 

Câncer de mama na mulher idosa

A consideração da mulher como idosa, é acima de 65 anos e incidência de câncer de mama, bem como a mortalidade causada por essa patologia, aumentam com a idade. Aproximadamente 50% dos novos cânceres de mama diagnosticados ocorrem em mulheres acima dos 65 anos de idade.

Estudos epidemiológicos têm estimado a expectativa de vida da mulher com 70 anos em mais 16 anos e de 80 em mais 9 anos, evidenciando que a mulher pode viver tempo suficiente para recorrência local do tumor após o tratamento. Portanto, a idade não é condição fundamental para atenuar o tratamento. Pacientes idosas sem outras comorbidades toleram cirurgia, radioterapia e quimioterapia na sua plenitude tanto quanto as mulheres jovens.

I am so happy to hear the great news

O quadro clínico é semelhante a de outros grupos etários, com o nódulo palpável sendo a manifestação mais habitual, seguido pela descarga unilateral sanguinolenta ou serosa.

Na idosa, o câncer de mama apresenta uma evolução mais lenta, com maior diferenciação histológica e melhor resposta hormonal tornando, com isso, o tumor menos agressivo que na paciente jovem.

O tratamento do câncer de mama na mulher idosa depende da agressividade do tumor e do estado geral da paciente. A cirurgia conservadora ou mastectomia total, dependendo do tamanho do tumor, ainda é a conduta padrão no tratamento de câncer de mama.

A idade por si só raramente é um fator limitante na tomada de decisão quanto aos benefícios de cada tratamento, que deve ser individualizado, levando em consideração o benefício absoluto estimado, expectativa de vida e tolerância ao tratamento.

Fonte: Manual de Diagnóstico e Terapêutica em Mastologia. Boff RA, Wisintainer F, Amorim G, Ruaro S, Santos GR, Miele L, Ribas FE, Schuh F, Machado LS. Editora Mesa Redonda, Caxias do Sul, 2007, pag 197-199.

Unimed Day Run

Engajada nas causas que defendem a saúde e o bem estar, Dra Gabriela participou no domingo (22 de maio) da corrida Unimed Day Run, disputando na categoria 3KM – COOPERADOS FEMININO. Com seu excelente preparo físico e disposição, venceu!
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Diagnóstico do Câncer de Mamas

O diagnóstico de câncer de mamas é geralmente composto por várias etapas, incluindo o exame da mama, a mamografia, possivelmente um ultra-som ou ressonância magnética, e, finalmente, a biópsia. A biópsia, de fato, é a única maneira definitiva para diagnosticar o câncer de mama.

O exame da mama: Um exame da mama completo inclui a inspeção visual e a palpação cuidadosa das mamas, axilas e as áreas ao redor. Durante esse exame, pode-se perceber um nódulo ou apenas sentir um espessamento de tecido.

A mamografia: São como raios -X da mama e podem ajudar a definir a natureza de um nódulo. Também são recomendadas para o rastreio e/ou para identificar um câncer precocemente. A mamografia sozinha, muitas vezes, não é suficiente para avaliar um caroço, nódulo ou algo suspeito. O seu médico deve avaliar e provavelmente irá solicitar exames complementares. Todos os nódulos mamários devem ser claramente definidos como benignos ou deve ser feita a biópsia.

Ultra-som: É feito muitas vezes para avaliar um nódulo na mama. Ondas de ultra-som criar uma “imagem” do interior da mama. Ele pode demonstrar se uma massa é preenchido com fluido (cística) ou sólido. Cancros são geralmente sólidos, enquanto muitos cistos são benignos. O ultra-som pode também ser utilizado para guiar a biópsia ou a remoção de fluido.

Imagem por Ressonância Magnética: Pode fornecer informações adicionais e pode esclarecer achados que foram vistos na mamografia ou ultra-som. Não é rotina para a triagem para o câncer, mas pode ser recomendada em situações especiais.

Biopsia: A única maneira de diagnosticar o câncer da mama com certeza é a biópsia do tecido em questão. Biópsia significa tomar um pequeno pedaço de tecido do corpo para exame sob o microscópio e testes por um patologista para determinar se o câncer está presente.

Existem também outros testes (por exemplo, medição de HER-2 / neu) receptores que podem ser úteis para caracterizar um tumor e determinar o tipo de tratamento que será mais eficaz para um determinado tumor.

Fonte: e medicine health

Influência da alimentação no tratamento para o câncer de mama

O ganho de peso em mulheres da meia idade tem uma relação importante com o aparecimento do câncer de mama. O álcool é ainda o maior fator alimentar de risco estabelecido para câncer de mama, provavelmente por aumentar os níveis endógenos de estrogênio. Portanto seguramente o risco para câncer de mama pode ser reduzido evitando-se ganho de peso durante a vida adulta, principalmente na fase da pós-menopausa, e limitando o consumo de álcool.

Evitar alimentos com alto teor de gordura animal parece ser uma medida de fator alimentar importante na prevenção do câncer de mama. Além disso, vale a pena destacar a importância dos exercícios físicos. Um estudo americano demonstrou que a incidência desse tipo de câncer diminui nas mulheres que praticam exercícios regularmente quatro vezes por semana. Esse mesmo raciocínio serve para evitarmos a recorrência do câncer de mama.

O tratamento para o câncer de mama ocorre de forma individualizada, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cirurgia. Além disso, é essencial uma reavaliação dos hábitos de vida, tanto no aspecto nutricional quanto na realização de exercícios físicos.

Estudos recentes comprovam que mulheres que seguem uma dieta pobre em gordura têm menor chance de reincidência da doença. As chances foram reduzidas em 20% entre as mulheres que ingeriram menos gorduras. Além deste importante benefício, estas mulheres tinham, em média, 8 kg a menos que as mulheres que também participaram do estudo e tinham maior ingesta de gordura.

Além do benefício adicional após o tratamento tradicional do câncer de mama, a dieta pobre em gorduras é benéfica para a redução de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto e o derrame cerebral. Em ambos os casos, a redução de peso tem um papel fundamental.

Os alimentos como frutas, vegetais e grãos integrais contém anti-oxidante tais como betacaroteno e vitamina C, assim como fibras. Eles são também usualmente pouco gordurosos. Os alimentos com essas características têm sido associados a redução do câncer de mama e sua recorrência.

A questão é que existem benefícios para a saúde em alimentar-se com frutas, vegetais e grãos integrais. Portanto a melhor recomendação é comer muitos vegetais, assim como feijões, frutas, grãos integrais e tofu.

A realização de exercícios físicos é essencial para a promoção de saúde no nosso organismo. Uma pessoa que ingere determinada quantidade de gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas e etc, e não pratica exercícios é menos saudável do que aquela com a mesma dieta, mas praticante de exercícios regulares. Isto acontece pois a nossa saúde em geral não é definida pelo número em quilogramas que vemos na balança, mas sim pelo balanço entre gordura, músculos, ossos e água que compõem o nosso corpo.

Estes recentes resultados de pesquisas são importantes para comprovar teorias já propostas e para motivar o seguimento desta mudança de hábitos. Manter-se motivada é essencial para o seguimento adequado e sucesso da dieta!

Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia

Saiu na mídia – “A pílula do câncer”

No Jornal NH de hoje no caderno Viver com Saúde o artigo da Dra Gabriela que segue abaixo.
Também publicado no site do Laboratório Exame.
Segue abaixo na íntegra:

“A chamada “pílula do câncer” tem causado polêmica. De um lado, os pacientes esperançosos com a possibilidade da cura do câncer. E de outro lado, a falta de dados clínicos que comprovem a sua eficácia. 

A fosfoetanolamina é um composto orgânico, presente no organismo de diversos mamíferos, que além da função estrutural de formar a membrana celular, acredita-se que tenha função antitumoral, ou seja, ação antiproliferativa, e estimula a “morte celular do tumor”.

No Brasil, uma versão artificial da fosfoetanolamina começou a ser sintetizada pelo químico Gilberto Chierice, então professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) no final da década de 1980. Ela foi distribuída gratuitamente por cerca de 20 anos a pacientes com câncer. Pessoas que se submeteram ao tratamento alegam terem sido curadas. Mas uma portaria da USP, universidade a qual o IQSC é ligado, no entanto, proibiu em 2014 a distribuição do medicamento, justamente pela falta de testes, pesquisas, registro e autorização da Anvisa. É importante ressaltar que a fosfoetanolamina não possui registro na Anvisa e, por isso, ainda não pode ser comercializada no Brasil.

Os primeiros testes financiados pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde para avaliar a segurança e eficácia da “fosfo” mostraram que o conteúdo das cápsulas não é puro e não tem eficácia comprovada contra células cancerígenas. O objetivo desses testes iniciais foi verificar a composição do produto e testar a capacidade da substância de inibir tumores em testes in vitro, ou seja, feitos com células dentro do laboratório. Mas, o pesquisador Gilberto Chierice disse que a fórmula e o procedimento utilizados nesses testes estavam errados. Claro que esses resultados não são conclusivos, os testes estão em andamento e certamente levarão bom tempo para que tenhamos resultados definitivos.

É preciso entender que as pesquisas médicas para novas terapias seguem uma sequência de passos. Os estudos com seres humanos são realizados após diversos estudos in vitro e em animais, denominados estudos pré-clínicos. Nos estudos com seres humanos existem quatro fases ainda, primeiramente os novos medicamentos são testados em voluntários saudáveis ou pacientes terminais, com o objetivo de avaliar as reações adversas. Posteriormente, é avaliada a resposta ao tratamento, no grupo de pacientes alvo. E por fim, o medicamento é avaliado quando ele já está no mercado.  Esses estudos requerem tempo e altos investimentos, em qualquer parte do mundo. Não podemos prescrever uma medicação sem comprovação científica.

O processo de desenvolvimento da fosfoetanolamina deve continuar a seguir os procedimentos científicos já em andamento e aguardar a liberação pela Anvisa.

Tanto nós, médicos que atendem pacientes oncológicos, bem como os próprios pacientes, temos esperança na cura do câncer, e não podemos perdê-la! Mas não podemos nos apoiar em falsas promessas! Não basta o projeto PLC 3/2016 aprovado pelo Senado que garante aos pacientes de câncer o direito de usar a substância, mesmo antes de ela ser registrada e regulamentada pela Anvisa. O que queremos justamente é que se comprove, com estudos clínicos, a verdadeira eficácia e segurança dessa droga e que a esperança de cura se torne real.”

Dúvidas frequentes sobre câncer de mamas

O que causa o câncer de mama?

Ainda não existe um conhecimento pleno de todas as causas do câncer de mama; por isso, a principal estratégia de tratamento desta doença visa à sua erradicação cirúrgica na fase inicial de seu desenvolvimento. Alguns fatores de risco estão envolvidos com a maior probabilidade do desenvolvimento desse tipo de câncer, por exemplo: genético, idade acima de 40 anos, gravidez tardia, primeira menstruação precoce, menopausa tardia, antecedente pessoal de câncer, antecedentes familiares de primeiro e segundo graus (avó, mãe, tia irmã e filha) de câncer de mama, dentre outros.

Como se detecta o câncer de mama?

O melhor método para se diagnosticar precocemente o câncer de mama é o exame mamográfico. Por meio dele, podemos identificar a doença antes mesmo dela se tornar um nódulo. A mamografia é um exame indicado principalmente para as mulheres acima de 35 anos, pois nas mulheres muito jovens a imagem mamográfica não apresenta boa definição. Nesses casos, para o diagnóstico, o mastologista pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Quando associados, eles melhoram as chances diagnósticas pré-terapêuticas.

Como são reconhecidos os sintomas do câncer de mama?

Os sintomas costumam aparecer tardiamente, podendo surgir incialmente o nódulo. Embora a dor seja o sintoma mais frequente que acometem as mamas, ela raramente está relacionada ao câncer, mas à ação hormonal no parênquima (tecido) mamário. Os sintomas de alerta são os seguintes: saliências que ocorrem nas mamas ou axilas, alterações do tamanho e formato das mamas, retrações na pele e no complexo aréolo-mamilar (bico do deio) e secreções papilares espontâneas. É importante ressaltar que, embora esses sintomas sejam considerados como um sinal de alerta, eles não são necessariamente indicadores da existência do câncer, podendo decorrer de patologias benignas.

Quando e como é feita a confirmação diagnóstica?

As pacientes sintomáticas ou aquelas que apresentam alterações detectadas pelos exames de rotina devem ser submetidas a exames complementares – mamografia e ultrassonografia –, para estabelecer o diagnóstico. Outros exames, em situações especiais, podem ser utilizados, como ressonância magnética e cintilografia mamária. A certeza diagnóstica será obtida por meio da biópsia cirúrgica.

O câncer de mama pode ser prevenido?

Não há como fazer a prevenção primária do câncer de mama, que significa evitar que ele apareça. O que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença, que possibilita o aumento das chances de cura. Sendo assim, hábitos saudáveis são aliados importantes e sua adoção é reconhecida como medida que colabora com a menor possibilidade de ocorrência do câncer. São eles: não fumar, ingerir dieta rica em fibras e pobre em gordura, praticar exercícios físicos no mínimo três vezes por semana e evitar contato com agentes químicos cancerígenos.

O câncer de mama tem cura?

Sim. As chances de cura do câncer de mama podem chegar a 100% dos casos detectados na fase inicial. Quanto mais cedo ele for diagnosticado, melhores serão os resultados.

O autoexame é um método diagnóstico?

Ele pode indicar alterações na mama e muitas vezes é o alerta para que as pacientes procurem pelo atendimento médico, mas o autoexame não substitui a mamografia e nem a consulta ao mastologista. Ele é importante para que a mulher conheça o seu corpo.

O câncer de mama é hereditário?

A maior parte dos canceres de mama não. Apenas 10% são considerados hereditários. O risco aumenta quando existem casos de parentes próximas (avó, mãe, tia, irmã e filha) com câncer nas duas mamas ou de ovário e que tenham sido acometidas com menos de 40 anos.

Qual é a periodicidade necessária para os exames de rotina?

Normalmente, o exame de rotina deve ser anual, mas poderá ser feito em intervalos diferentes. O mastologista determinará o prazo ideal para cada caso.

Como é o tratamento do câncer de mama?

O tratamento pode ser cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico, dependendo do estadiamento da doença.

Quais os tipos de cirurgias existentes?

Os principais tipos de cirurgias existentes são:
- Mastectomia simples: consiste na retirada total da mama;
- Mastectomia radical: consiste na retirada total da mama junto com os linfonodos (gânglios) da axila;
- Setorectomia: consiste na retirada do tumor, com margem livre ao redor do mesmo, com ou sem a retirada dos linfonodos da axila;
- Outras técnicas cirúrgicas podem ser necessárias em função das especificidades de cada caso.

Quando a mama pode ser reconstruída?

A mama pode ser reconstruída no mesmo ato cirúrgico da retirada do tumor, mas também é possível aguardar o final do tratamento para isso. O tempo ideal deve ser avaliado pelo mastologista.

Todas as mulheres com câncer de mama podem fazer a cirurgia de reconstrução mamária?

Na maioria dos casos elas podem se beneficiar da cirurgia de reconstrução mamária.
Fonte: Instituto Brasileiro de Controle do Câncer – ibcc.org

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